CADA UM DOS 94 CÍRCULOS COM SÍMBOLOS DE ELEMENTOS QUÍMICOS REPRESENTA A LIGAÇÃOQUE O RESPECTIVO ELEMENTO FORMA COM UM RESÍDUO ORGÂNICO. (FOTO: GUILLERMO RESTREPO, MPI FOR MATHEMATICS IN THE SCIENCES) |
A organização mais famosa dos elementos químicos foi criada pelo russo Dmitri Mendeleev e pelo almeão Lothar Meyer na década de 1860. Nela, os especialistas criaram um arranjo de elementos baseado em suas massas e semelhanças atômicas — hoje as substâncias são classificadas por seu número atômico (que indica o número de prótons no núcleo atômico), desde o hidrogênio leve (um próton) até o oganesson exótico (118 prótons).
Os elementos também são classificados
em grupos: átomos na mesma coluna geralmente têm o mesmo número de elétrons em
sua camada de valência, por exemplo. Também está incluído o peso atômico
do elemento, o símbolo atômico e uma cor que simboliza qual grupo possui
propriedades químicas e físicas particulares em comum a que um elemento pertence.
Contudo, os especialistas não concordam
com o posicionamento de várias substâncias, como o lantânio e actínio. Por isso
os matemáticos focaram no desenvolvimento de uma representação mais versátil
dos elementos, algo que pudesse ser observado de vários ângulos.
Como conta um dos membros do projeto,
Guillermo Restrepo, sua releitura é como uma escultura que, dependendo de de
onde está sendo iluminada, pode obter diferentes sombras — sendo que
todas estão corretas. “As várias sombras que a figura molda são as tabelas
periódicas. É por isso que existem muitas maneiras de criar essas tabelas. De
certa forma, as tabelas de período são projeções. Projeções da estrutura
interna da tabela periódica como uma espécie de escultura", disse o
matemático em comunicado.
Para que uma organização possa ser
definida como tabela periódica ela precisa ser ordenada, ou seja, os itens
precisam ser catalogados, como os elementos; precisa ser organizada de acordo
com uma propriedade particular, como número atômico ou massa atômica; e precisa
ser agrupada de acordo com um critério, como similaridade química.
“Investigamos quase 5 mil substâncias
constituídas por dois elementos em proporções diferentes”, explica Guillermo
Restrepo. “Então, procuramos semelhanças nesses dados. Por exemplo, o sódio e o
lítio são semelhantes porque combinam com as mesmas substâncias nas mesmas
proporções (por exemplo, com oxigénio ou cloro, bromo e iodo). Encontramos,
portanto, padrões que podemos usar para classificar os elementos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário